Paises

sábado, 18 de dezembro de 2010

Padre Alberto María De Agostini


Padre Alberto María De Agostini


Nascido em 2 de novembro de 1883, Alberto María De Agostini nasceu em Pollone, Piamonte, Itália. Por viver próximo aos Alpes italianos, provavelmente foi o que influenciou sua paixão pela montanha e seu espírito aventureiro.
No ano de 1909, aos vinte e seis anos, foi consagrado como sacerdote na Ordem Salesiana. Logo, deixou a Itália e partiu como missionário em direção a uma das regiões menos conhecidas do mundo na época: a Terra do Fogo.

A partir de então, iniciou uma das mais completas obras missionárias que se tem conhecimento. De Agostini procurou se especializar em diversas áreas na prática: antropologia, fotografia, geologia, etnologia e também como alpinista. Por ter o apoio de amigos, De Agostini alcançou aquela estatura humana e espiritual que hoje em dia todos lhe reconhecem.
Em 1910, ele desembarca em Punta Arenas, no sul do Chile, e se torna o explorador geográfico mais reconhecido da região da patagônia. Foi à Argentina quando ainda não havia estradas e os rios eram bem mais perigosos.

Padre Di Agostini redesenhou toda a cartografia da região quando ainda não haviam fotografias aéreas e de satélites. Visitou e explorou em sua primeira viagem a Terra do Fogo, picos que se conheciam somente através de mapas e aonde descobriu outros, alguns dos quais levam seu nome. Escreveu 22 livros e trabalhos literários em italiano, alemão e espanhol.

No Museo Della Montagna, em Torina, Itália, se conserva um importantíssimo arquivo de fotografias e documentos tomados pelo padre entre os anos 1920-1950. O mais importante, sem dúvida, é o material cinematográfico que conservam, já que são as únicas imagens filmadas dos aborígenes da Patagônia.


Fotografando

 
Foi de Punta Arenas a partida para as primeiras explorações de Alberto De Agostini, que inclusive mostrou de imediato seu interesse pela cordilheira fueguina conhecida como Cordilheira Darwin.

Nos primeiros 2 anos ali,  o sacerdote realizou, por terra e por mar, uma pesquisa preliminar do arquipélago fueguino traçando as regiões mais interessantes e as dificuldades que encontrou.

A Cordilheira Darwin, última manifestação meridional da cadeia andina, se encontra no setor ocidental da ilha de Tierra del Fuego. O cume mais alto da cadeia é o Monte Sarmiento ao qual, entre os anos 1913 e 1914, o salesiano realizou duas tentativas para alcançar o cume, porém a adversidade do tempo e as enormes dificuldades de aproximação e orientação frustraram.

Contudo, foi necessário esperar, até o ponto de dedicar a este empenho suas últimas forças e ver coroado seu desejo quarenta e dois anos mais tarde.

Entre 1916 e 1917 as explorações de De Agostini tiveram como campo de ação a Patagônia e, precisamente, os grupos de Balmaceda e de Paine.  Em 14 de janeiro de 1931, chegou ao cume do Monte Mayo (2430 m) e de lá teve uma vista completa do território que o circundava.

De Agostini escreveu neste mesmo ano sobre o Fitz Roy:
“É o senhor de toda esta vasta região montanhosa, é outro Cervino, algo mais modesto quanto a elevação porém não menos terrível pela verticalidade de suas paredes e a majestuosidade de seu cume. O Fitz Roy é sem dúvida uma das montanhas mais belas e imponentes da Cordilheira Patagônica...'

Suas aventuras e descobrimentos seguiram adiante até seu regresso a Turin, Itália aonde morreu em 25 de dezembro de 1960.




Se preparando para mais uma viagem

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