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domingo, 5 de dezembro de 2010

Francisco P(erito)ascasio Moreno

Francisco Pascasio Moreno

Nascido em 31 de maio de 1852 em Buenos Aires, Francisco Pascasio Moreno foi um cientista, naturalista e um grande explorador argentino.  Desde criança demonstrava interesse por viagens paleontólogas.  Em 1872 colaborou com a fundação da Sociedade Científica Argentina.

Nos anos de 1870, ele percorreu a região da Patagônia, especificamente o territorio de Río Negro, onde em 1875 foi ao Lago Nahuel Huapi.  Na região de Santa Cruz, deu nome ao lago de Lago Argentino.  Essa viagem de Francisco Moreno foi importante, pois ele chegou a regiões antes inexploradas.  Nesse mesmo ano, ele cruzou os Andes chegando ao território chileno.

Em janeiro de 1876, foi o primeiro homem branco a chegar ao lago Nahuel Huapi desde o extremo sul do continente pelo Oceano Atlântico.

Nessas suas travessias pela Patagônia, Moreno encontrou diversas etnias indígenas e ficou impressionado com o drama vivido por eles, pois executavam um trabalho escravo.  Ele lutou para conseguir condições dignas e exigiu terras e escolas para eles.  Passou a humanizá-los e todo esse seu interesse pelas origens indígenas no sul do continente despertou também o interesse de outros cientistas, sendo alguns da europa.

Em 15 de fevereiro de 1877, na região do lago Argentino, onde hoje se encontra a cidade de El Calafate, Francisco fez a descoberta de um gigantesco e imponente glaciar, hoje conhecido como Perito Moreno, um dos mais famosos do mundo.

Nesse mesmo ano foi nomeado Diretor do Museu Arqueológico e Antropológico de Buenos Aires, que mais tarde foi transferido para a província de La Plata, onde foi nomeado também Diretor Vitalício.

Em 1879 foi nomeado também Doutor Honoris pela Universidade de Córdoba.  Muitos de suas descobertas e de seus pertences, foi doado para o museu, agora chamado de Museu de História Natural de La Plata, onde se encontra nada menos que 15.000 peças ósseas e objetos industriais pertencentes a Francisco Moreno.

O termo "PERITO" foi dado a Moreno quando em 1878 ele foi chamado e aceitou o convite para ser Perito Argentino e intervir em questões de demarcação da fronteira entre Argentina e Chile, que reclamou a perda de 42.000 quilometros quadrados, porém confirmado depois pela Inglaterra, da Rainha Vitória, que também havia sido chamada para amenizar tal conflito.

Em 1910 ele foi eleito Deputado, mas renunciou para ser vice-presidente do Conselho Nacional de Educação.  Sua última viagem pela patagônia foi em 1912 com o ex-presidente dos Estados Unidos Roosevelt.

Nos últimos anos de vida, fundou a Liga Patriotica Argentina.  Faleceu em 22 de novembro de 1919 e enterrado no cemitério de La Recoleta.  Em 1944, seus restos mortais foram transferidos para a Ilha Centinela, no lago Nahuel Huapi, junto com sua esposa.  Por uma disposição da Prefeitura Naval Argentina, cada embarcação que passa frente a ilha deve soar três vezes a sirene para render-lhe homenagens.

Hoje, em sua homenagem, além do Glaciar, que leva o seu nome, há também uma localidade conhecida como Perito Moreno e também o Parque Nacional Perito Moreno.

Estou feliz em poder escrever em meu blog um pouco da vida desse homem muito importante e reconhecido na Argentina.  É muito fácil encontrar bustos de Perito Moreno pelas cidades e nas praças públicas da Patagônia Argentina.  Na próxima postagem falarei também de Fitz Roy.

O imponente Perito Moreno

Uma foto com Perito Moreno

O Glaciar Perito Moreno, em El Calafate

O Glaciar Perito Moreno em detalhes

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