Paises

terça-feira, 2 de abril de 2024

KOM OMBO

Templo de Kom Ombo

Kom Ombo possui cerca de 60 mil habitantes conhecidos como "núbios", provenientes das diversas regiões inundadas do lago Nasser formado após a construção da represa de Assuan. Seu nome é originário do árabe que significa "escombro" ou "montanha" (Kom) e "ouro" (Ombo). Isto se deve também porque a cidade fazia parte da Rota do Ouro, no Antigo Egito.

Há na cidade, um templo no estilo greco-romano do período ptolomaico, dedicado aos deuses Sobek (o deus crocodilo) e Hórus (o deus falcão) que se completavam. Segundo as histórias egípcias, todas as respostas eram encontradas em Karnak, mas as questões originavam-se em Kom Ombo. 

O Templo de Kom Ombo foi construído há mais de dois mil anos. Esse templo era único, pois sua estrutura mostra que havia tribunais, salões, santuários e quartos duplicados para os dois deuses egípcios. As imagens em relevos estão muito bem preservadas, assim como as inscrições com suas cores.

Algo que achei muito interessante e bem explanado pelo nosso guia Mohamed, foi o conhecimento pela medicina naquela época. Nas antigas inscrições, há várias menções de instrumentos médicos daquela época, bem como para tratamentos.

O horário de nossa visita foi à tarde. Então, o sol refletindo em suas paredes faz do templo algo imponente, possível avistar de longe.

Bem próximo dali há o museu do crocodilo. Além de fazer referencias claras ao deus Sobek, pode-se ver também e de perto, vários desses animais mumificados e preservados até hoje. De fato, uma visita inesquecível.




Deus Sobek na inscrição

Imagens preservadas

Inscrições no templo

Desenhos preservados

Tocando na história

Templo de Kom Ombo

Templo em destaque

Museu do Crocodilo visto de longe

Crocodilos

Crocodilo mumificado

Crocodilos

Crocodilo mumificado

Entrada do museu






sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

EDFU

 

Frente do antigo Templo de Edfu

Nossa próxima parada foi Edfu. Precisávamos acordar cedo e tomar nosso café, pois teríamos uma surpresa ao sair do navio.

Para chegar ao Templo de Edfu, não iríamos andando, mas de charrete. Aliás, foi minha primeira vez. Precisei ir ao Egito para viver essa experiência. E confesso que ver os cavalos sendo chicoteados não foi das melhores, mas espero que um dia possam melhorar isso.

A cidade de Edfu também é conhecida pelo nome de Behedet e ficava longe o suficiente para evitar as inundações do Rio Nilo, porém perto o bastante para não ficar isolada no deserto.

O Templo de Edfu é o maior dedicado à Hórus, o deus dos céus e dos vivos. Ali eram realizados vários festivais sagrados e o templo era marcado pela peregrinação. O templo começou a ser construído em 237 a.C. e terminou no ano 57 a.C. Era inicialmente um salão de pilares, dois salões transversais e um santuário cercado por capelas.

Está praticamente intacto e por isso, tornou-se o centro turístico e parada obrigatória dos barcos que cruzam o Nilo.

Apesar do calor, foi uma visita muito interessante, principalmente ao ver Hórus na entrada do templo, praticamente intocado. As gravuras do templo também têm um grande índice de preservação, embora algumas estejam danificadas pelos cristãos que, ao chegarem ali, consideraram algo profano a Deus. É possível ver como tentaram apagar as imagens egípcias martelando sobre elas. Essas partes ficam descaracterizadas, mas é possível ver o contorno original delas. Mas tudo foi muito bem explicado pelo nosso guia Mohamed.

O acesso ao templo foi renovado em 2005, quando ganhou um centro de visitantes e um estacionamento pavimentado. Ganhou também um sistema de iluminação em 2006 para permitir visitas noturnas.

No término do passeio, paramos para comprar água e café em um restaurante no local. Após isso voltamos para a charrete que nos levou ao navio. A propósito, é recomendado uma “gorjeta” aos condutores. Mas esteja atento, pois eles sempre irão pedir mais.

As ruas da cidade

Nosso condutor

E fui flagrado

O caminhar de nosso guia Mohamed ao Templo

Imagens internas do
Templo

Interior do Templo

Preservação das
imagens

Poucas estão danificadas

A maior parte
está intacta

Hórus

Hórus e eu

Inscrições nas
colunas internas

Imagens da frente
do templo

Mais imagens que
impressionam

Entre as paredes de uma
capela na parte exterior


quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

TEMPLO DE HATSHEPSUT E COLOSSOS DE MÊMNOM

 

Templo de Hatshepsut

Deixando o Vale dos Reis, seguimos para o Templo de Hatshepsut, construído em homenagem a Amon-Rá, deus do Sol. É considerado um dos incomparáveis monumentos do Antigo Egito. É considerado o monumento egípcio mais próximo da arquitetura clássica.

Hatshepsut (que significa “a mais importante das nobres damas) foi a segunda faraó feminina do Egito. Filha do rei Tutemés I, casou-se com seu meio-irmão, Tutemés II conforme era o costume na época. Com a morte de seu marido, seu filho deveria assumir o trono, porém este ainda era uma criança. Por isso, ela assumiu o trono como Regente e mais tarde decidiu assumir como Faraó e governar em seu direito. E mesmo com os sacerdotes contra, logo aceitaram. Em seu governo, ela promoveu uma política de expansão e comércio, aumentando a riqueza e prestígio do Egito.

Conta-se que sempre foi apaixonada pelo grande escultor e arquiteto Senmut, sendo sua amante desde os tempos de casada, e este tornou-se seu homem de maior confiança, ajudando-a a governar como uma verdadeira faraó. Após sua morte, houve uma tentativa de apagar sua história destruindo suas imagens e seus registros.

O templo impressiona pelo tamanho. Nosso guia Mohamed Lua nos apresentou o que seriam tocos petrificados de árvores logo na entrada. Depois de fazer uma bela apresentação do local, nos deixou para explorar. Realmente um local imenso e muito visitado.

Algo inusitado aconteceu: na área ao lado do Templo há muitas colunas. Fui fazer uma foto e sem ter qualquer noção de espaço, bati com meu cotovelo com toda a força em uma das colunas. Luxou e inchou um pouco na hora. Como a dor me incomodava muito, um senhor de um grupo de japoneses chegou perto e sem falar nada, aplicou uma pomada em gel no local. Confesso que ajudou e me surpreendeu essa atitude. Portanto, uma recomendação para sempre tratarmos bem outros grupos, pois uma ajuda inesperada surge de onde menos esperamos. Conexões internacionais...

Parte do grupo

Esculturas do Templo

Nas estátuas do
Templo

Local de adoração
de Hatshepsut

Local do túmulo de Senmut, seu arquiteto

Esfinge em frente ao Templo

Imagens enfileiradas

Hatshepsut

Nosso guia Mohamed Lua com outro grupo

Colossos de Mêmnon são duas estátuas gigantescas do faraó Amenófis III, situadas na necrópole da antiga cidade de Tebas. Estas duas estátuas eram entendidas como guardiãs do templo funerário do faraó, que tinha cerca de 385.000 metros. As estátuas representam Amenófis sentado no trono com as mãos pousadas sobre os joelhos. Em cada lado das suas pernas está a sua mãe, Mutemuia, e a sua esposa principal, a rainha Tié. As estátuas foram feitas em quartzito, possuindo cerca de dezoito metros, com um peso de 1300 toneladas.

Uma curiosidade foi que um sismo ocorrido em 27 a.C., abriu uma fenda no colosso norte. A partir de então todas as manhãs ocorria no local um fenómeno estranho segundo o qual a estátua "cantaria". O que realmente acontecia era que a acumulação de humidade durante a noite evaporava com o surgimento dos primeiros raios do sol, emitindo um som, que se assemelhava ao de uma cítara. No começo da era cristã os gregos visitaram o local e associaram a estátua norte ao herói Mêmnon, filho de Eos. De acordo com a lenda homérica, este herói, morto na guerra de Troia, recebeu a imortalidade de Zeus, dedicando-se a chamar pela sua mãe todas as manhãs. Em 199


d.C o imperador romano Septímio Severo mandou restaurar a estátua, que a partir de então parou de cantar.

Colossos de Mêmnom

A estátua mais
preservada

Os amigos

Um projeto ao lado das estátuas

Colossos de Mêmnom


terça-feira, 23 de janeiro de 2024

VALE DOS REIS

 

Entrada para o Vale dos Reis

Na primeira noite a bordo do Sara, nosso guia Mohamed Lua apresentou ao grupo, a agenda para o dia seguinte. É importante saber que nem todos os pacotes turísticos vem com os passeios contratados. Devido a vários fatores que vão desde reajustes até questões climáticas, a opção da escolha dos passeios normalmente são tomadas na véspera de sua realização. As vezes é preciso também optar pelo que fazer.

No meu caso, as opções eram conhecer o Vale dos Reis ou voar de balão. Duas atrações no mesmo dia e horário. Mas como eu já tinha voado na Turquia, escolhi a primeira opção, mesmo porque, essa visita já estava nos meus planos.

Trata-se de uma região localizado a oeste do Rio Nilo constituído de dois vales: o Ocidental e o Oriental. No local foram construídas tumbas para os faraós e nobres do Reino Novo, entre os séculos XVI a.C. e XI a.C.

A região também era um lugar que ajudaria a preservar a história de cada um dos que fossem sepultados ali. Afinal, era um lugar escondido entre as montanhas e de difícil acesso para quem não conhecesse a topografia. As tumbas eram de difícil acesso, dados as suas profundidades. Assim, os mortos ficariam longe dos inimigos e saqueadores.

Sabe-se que o Vale dos Reis possui 63 tumbas, muitas delas decoradas, o que era uma tradição contar os feitos dos mortos e como seriam recebidos na outra vida. Elas também variam de tamanho. Inclusive, uma das tumbas ficou famosa por ser de Tutancâmon e ter sido encontrada com muitas relíquias. Todas elas são identificadas pelas letras KV (Kings Valley) ou WV (West Valley), acompanhado pelo número da ordem em que foi descoberta ou sua importância.

Identificação das Tumbas

Os ingressos, que já estavam nas mãos do guia Mohamed Lua, permitem acesso à 3 tumbas. Se desejar visitar outras, precisa pagar um valor adicional, desde que esteja aberto ao público. Eu visitei as tumbas de Ramsés XI (KV4), Ramsés IX (KV6) e Ramsés V e seu tio, Ramsés VI (KV9) e confesso que é uma sensação única poder está ali. Ainda mais vendo o grau de conservação é como se eu fosse jogado no meio da história.

Não fui em outras tumbas porque acredito que as visitadas já davam um panorama geral. Na entrada do Vale, há uma sala com uma maquete em 3D mostrando a dimensão do lugar e a profundidade delas. Por fim, com o dia bem ensolarado, paramos para beber água e tirar algumas fotos. Foi uma experiência enriquecedora. Mas Mohamed tinha mais surpresas para aquele dia que será contada na próxima postagem. 

Maquete do Vale dos Reis em 3D

Com nosso guia Mohamed Lua

A preservação é impressionante

Cada detalhe sobre a vida do morto é contada

E não são lugares pequenos
ou apertados

Algumas tumbas são
bem profundas

O grupo

Um sarcófago em pedra

Dia quente

Mais detalhes

Grandiosidade e
cuidado
Ingresso

Sobre o Vale dos Reis

No interior de uma das tumbas