Paises

domingo, 26 de dezembro de 2010

Gunther Plüschow e Ernest Dreblow


Gunther Plüschow

Nascido em Munique no ano de 1886, Gunther Plüschow ingressou no Corpo de Cadetes da Marinha Imperial Alemã.
Quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, ele foi o aviador mais intrépido.  O Japão, por imposição da Grã-Bretanha, começa a hostilizar as posições alemãs na China, entre elas, a fortaleza de Tsing-Tau.
A cargo desta fortaleza estava o jovem aviador naval  Gunther Plüschow, que para sua defesa contava com dois pontos de observação e, para sua época, um moderno aeroplano: Rumpler Taube, com estrutura de madeira, forrado em tela e com motor Mercedes que lhe permitia uma velocidade de até 110 km/h.
O Japão manda um ultimato que a Alemanha ignora, dando começo as hostilidades.  A habilidade e a coragem de Plüschow puseram a prova o inimigo, que para quem havia se tornado um inimigo imbatível.  Os japoneses contavam com quatro hidroplanos e quatro aeroplanos, que mesmo assim não podiam contra ele, naqueles combates rudimentares que, segundo recordava o piloto anos depois em seu livro “El Aviador de Tsing-Tau", derrubou um japonês com 30 tiros de sua pistola automática.
Finalmente, o exército japonês ocupa a fortaleza.  Para não sair prisioneiro do inimigo, Gunther Plüschow queima seu aeroplano e escapa da China sem ser capturado.  A chegada na Alemanha foi como herói.  É condecorado e recebe como prêmio, o comando de uma base de hidroaviões.
Com o passar dos anos, Gunther Plüschow prepara uma escuna e a batiza de “Feuerland” que em espanhol que dizer “Tierra del Fuego” (Terra do Fogo).  E a fábrica de aviões “Heinkel” lhe cede um moderno hidroavião com motor BMW que é batizado com o nome que recorda seus dias na guerra: Tsing-Tau.

Tsing-Tau

Partiu da Alemanha em novembro de 1927, chegando a Punta Arenas, no Chile, em outubro de 1928. Ali quem o aguardava era aquele que seria seu amigo inseparável, o fotógrafo e mecânico Ernest Dreblow.  Juntos, montaram o hidroavião, que chegou desmontado no trem a vapor “Planet”, e que realizou voos de reconhecimento, tirando fotografias e filmando durante todo um ano.  Em fins de 1929, regressaram a Alemanha tornando conhecido todo seu material capturado, dando conferências e incentivando os seus compatriotas a terra de seus sonhos.  Na Argentina fizeram o mesmo em outras localidades.  Enquanto realizava uma viagem propagando essas pesquisas, o hidroavião foi guardado na estância do Dr. Dick na região conhecida como Ultima Esperanza (na Patagônia), sem advertir que uma de suas partes havia ficado exposto a ação da umidade.
Com o amigo Ernest Dreblow

Em janeiro de 1931, estavam voando novamente pela Província de Santa Cruz. No dia 28 desse mesmo mês, enquanto percorriam o braço Rico do lago Argentino, os cabos do leme de profundidade se partem e o Tsing-Tau se torna incontrolável.  Gunther Plüschow e Ernest Dreblow decidem saltar, já que estão a poucos metros do solo.  Porém, o corpo de Plüschow cai pesadamente e a cabeça bate numa pedra.  Sua morte é instantânea. Dreblow demora a pular e só faz quando o avião está sobre a água e o impacto é fatal.
Livro com sua história que pode ser
visualizado em http://books.google.com.br/
Os corpos de Gunther Plüschow e Ernest Dreblow foram sepultados provisoriamente neste lugar, justamente quando se realizavam os primeiros vôos para a Patagônia.  Sobre a região foi erigido um monumento em recordação ao intrépido aviador.  No Museu Regional de El Calafate estão conservados alguns dos restos do hidroavião, o que inclui a peça danificada, e numerosos objetos pessoais. (Texto traduzido do folheto Günther Plüschow, Municipalidad de El Calafate, 2010) 
Fachada do Museo

Museo regional de El Calafate

Em frente ao Museo

sábado, 18 de dezembro de 2010

Padre Alberto María De Agostini


Padre Alberto María De Agostini


Nascido em 2 de novembro de 1883, Alberto María De Agostini nasceu em Pollone, Piamonte, Itália. Por viver próximo aos Alpes italianos, provavelmente foi o que influenciou sua paixão pela montanha e seu espírito aventureiro.
No ano de 1909, aos vinte e seis anos, foi consagrado como sacerdote na Ordem Salesiana. Logo, deixou a Itália e partiu como missionário em direção a uma das regiões menos conhecidas do mundo na época: a Terra do Fogo.

A partir de então, iniciou uma das mais completas obras missionárias que se tem conhecimento. De Agostini procurou se especializar em diversas áreas na prática: antropologia, fotografia, geologia, etnologia e também como alpinista. Por ter o apoio de amigos, De Agostini alcançou aquela estatura humana e espiritual que hoje em dia todos lhe reconhecem.
Em 1910, ele desembarca em Punta Arenas, no sul do Chile, e se torna o explorador geográfico mais reconhecido da região da patagônia. Foi à Argentina quando ainda não havia estradas e os rios eram bem mais perigosos.

Padre Di Agostini redesenhou toda a cartografia da região quando ainda não haviam fotografias aéreas e de satélites. Visitou e explorou em sua primeira viagem a Terra do Fogo, picos que se conheciam somente através de mapas e aonde descobriu outros, alguns dos quais levam seu nome. Escreveu 22 livros e trabalhos literários em italiano, alemão e espanhol.

No Museo Della Montagna, em Torina, Itália, se conserva um importantíssimo arquivo de fotografias e documentos tomados pelo padre entre os anos 1920-1950. O mais importante, sem dúvida, é o material cinematográfico que conservam, já que são as únicas imagens filmadas dos aborígenes da Patagônia.


Fotografando

 
Foi de Punta Arenas a partida para as primeiras explorações de Alberto De Agostini, que inclusive mostrou de imediato seu interesse pela cordilheira fueguina conhecida como Cordilheira Darwin.

Nos primeiros 2 anos ali,  o sacerdote realizou, por terra e por mar, uma pesquisa preliminar do arquipélago fueguino traçando as regiões mais interessantes e as dificuldades que encontrou.

A Cordilheira Darwin, última manifestação meridional da cadeia andina, se encontra no setor ocidental da ilha de Tierra del Fuego. O cume mais alto da cadeia é o Monte Sarmiento ao qual, entre os anos 1913 e 1914, o salesiano realizou duas tentativas para alcançar o cume, porém a adversidade do tempo e as enormes dificuldades de aproximação e orientação frustraram.

Contudo, foi necessário esperar, até o ponto de dedicar a este empenho suas últimas forças e ver coroado seu desejo quarenta e dois anos mais tarde.

Entre 1916 e 1917 as explorações de De Agostini tiveram como campo de ação a Patagônia e, precisamente, os grupos de Balmaceda e de Paine.  Em 14 de janeiro de 1931, chegou ao cume do Monte Mayo (2430 m) e de lá teve uma vista completa do território que o circundava.

De Agostini escreveu neste mesmo ano sobre o Fitz Roy:
“É o senhor de toda esta vasta região montanhosa, é outro Cervino, algo mais modesto quanto a elevação porém não menos terrível pela verticalidade de suas paredes e a majestuosidade de seu cume. O Fitz Roy é sem dúvida uma das montanhas mais belas e imponentes da Cordilheira Patagônica...'

Suas aventuras e descobrimentos seguiram adiante até seu regresso a Turin, Itália aonde morreu em 25 de dezembro de 1960.




Se preparando para mais uma viagem

domingo, 12 de dezembro de 2010

El Calafate e El Chaltén

Visitantes Ilustres em El Calafate

Para quem vai a El Calafate, boas surpresas estão reservadas.  Vou tentar resumir a cidade no período em que estive por lá.  E também na cidade vizinha, El Chaltén.  Quero lembrar que saí de Bariloche, de avião, numa viagem de quase duas horas e que neste momento estou mais ao sul do continente.  A primeira dica: se agasalhe bem, pois é muito frio.  Isso tem uma explicação: é nessa cidade onde fica o Parque Nacional dos Glaciares.

No aeroporto, você precisa contratar um serviço de van, que te deixa na porta de qualquer hotel da cidade.  O valor é baixo.  Equivale a uma passagem de ônibus, mas é um serviço bem organizado.

Eu fiquei no hostel I Keu Ken, pelo Ho.La, já explicado em postagens anteriores.  Por lá ficam pessoas de toda a parte do mundo.  Mas o hostel fica um pouco afastado do centro da cidade.  Mas nada que uma boa caminhada não resolva. Vale a pena conferir a arquitetura das casa.


I Keu Ken

A sugestão para quem quer comer bem é o restaurante La Cuccina, que fica na rua principal de El Calafate.  O preço vale pelo cardápio e pelo atendimento.  Quero lembrar que a gorjeta nunca é somado ao valor final. Mas é gentileza incluir pelo menos 10%, como fazemos aqui no Brasil.


Dentro do La Cuccina

No restaurante La Cucharon

Na realidade, El Calafate é uma cidade pequena, que foi estabelecida para demarcar território.  Seu nome provém de uma fruta chamada "calafate" de onde se faz muitos doces, inclusive uma saborosa geléia.  Dizem que quem come calafate, volta a Patagônia (eu já fiz minha parte...).

A avenida principal, posso dizer que também é a única, mas com vários pontos para tirar uma bela foto.  Tem um cassino com uma frente fantástica.  Há também, no início dessa avenida, uma ponte que te leva para uma outra parte da cidade onde fica o museu municipal com entrada grátis. Sugiro fazer uma contribuição na saída, pois ajuda na manutenção das pesquisas para o nosso próprio benefício.

Há muitas lojas com bom preço para comprar qualquer coisa.  Quanto aos pontos a serem visitados, é bom se informar no Centro de Informações para Turistas.  Na verdade, fica num pequeno parque e foi de lá que tirei uma foto com uma réplica de Perito Moreno em seu escritório.

Há também uma feira de artesanato, porém, para quem quer economizar, é bom pesquisar pois ali, os preços são um pouco elevados.

Não posso deixar de mencionar também o restaurante La Cucharon, pois merece minha indicação pelos saborosos pratos e num preço em conta, além de ter um excelente atendimento.


Feira de Artesanato

No Cassino

Pelas Ruas da Cidade

Para visitar o Parque Nacional dos Glaciares, precisa contratar um serviço, que te leva do hotel ao local para visitação.  A entrada também custa em torno de $ 70,00.  Um catamarã segue em direção aos glaciares, onde o principal é o glaciar Perito Moreno.  É bom estar preparado para o frio, principalmente se estiver chovendo.  Outra dica é não levar guarda-chuva, pois com os ventos da região, ele não deve durar muito.  O passeio também pode ser feito pelo próprio glaciar.


Lobo do Mar

Catamarã Quo vadis

Parece onda, mas é gelo

Glaciar Perito Moreno

Passeio pelo Glaciar

Há também uma reserva ecológica para aves na cidade. É uma longa caminhada, mas que vale a pena cada foto tirada.  Há muitas aves, principalmente os flamincos.


Entrada da Área de Preservação

Próximo dalí, fica um museu de história, onde é possível ver esqueletos de animais pré-histórico e um pouco sobre a colonização da região.


Mais uma praça em homenagem à Perito Moreno

Museu de História Nacional

No caminho

El Chaltén é uma cidade que fica a 280 quilômetros.  Tem um ônibus direto na rodoviária em El Calafate. A cidade não tem muitos habitantes, porém muitos turistas e muito vento.  O objetivo alí e ver e até mesmo escalar o Cerro Fitz Roy.

Na verdade, quem não for alpinista, pode fazer uma escalada pelas montanhas próximas e mais fácil de subir.  A paisagem é muito bonita.  E vai ficando cada vez mais emocionante a medida que você chega ao topo.


O já famoso Cerro Fitz Roy

Vista mais próxima

Algumas recomendações pela subida

No retorno para El Calafate, o ônibus faz uma parada num hotel fazenda conhecdido como La Leona que acumula várias histórias.  Embora não existam leões na Patagônia, leva esse nome pois foi ali que Perito Moreno foi atacado e quase foi morto por uma puma, muito comum ali.  Também já passaram várias personalidades da argentina incluindo Butch Cassidy, famoso bandido norte-americano.

Uma observação sobre essas duas cidade: para a preservação do meio ambiente, a prefeitura proibiu o uso de sacolas plásticas.  Se for ao mercado, por exemplo, procure levar uma bolsa própria ou então se prepare para sair carregando uma caixa.

Uma outra dica:  para todos os passeios, você pode encomendar no próprio hotel e pagar todo o pacote quando fizer o check-out.  Não há necessidade de fazer pagamentos para cada lugar que for, exceto a entrada para o catamarã e as passagens de ônibus.


La Leona

Procura-se

Na próxima postagem, falarei ainda de três personagens que contribuiram para o desenvolvimento, pesquisas e exploração na região da Patagônia.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Robert FitzRoy


Robert FitzRoy

Nascido em 05 de julho de 1805, Robert FitzRoy ficou famoso por ser o capitão do navio HMS Beagle que levou Charles Darwin em sua mais famosa viagem.  Além disso, foi um grande atuante na área de meteorologia sendo ele o pioneiro em tornar a previsão do tempo mais precisa.

Aos 23 anos foi o mais jovem a comandar um navio hidrográfico.  Também, foi o primeiro a passar na prova do almirantado inglês sem errar uma questão sequer.

Em sua primeira viagem no HMS Beagles, ele substituiu o comandante Stokes que havia se suicidado. Ele embarcou no navio em 1828, no Rio de Janeiro, que se encontrava em estado deplorável além de ter uma tripulação mal treinada.

Por seu modo rígido, FitzRoy contornou todos os problemas apresentados.  Também, com pulso firme, treinou a tripulação tornando-os homens bem qualificados.

Um dos objetivos dessa viagem era passar pela Patagônioa e a Terra do Fogo, onde ele acreditava que os nativos não tinham culpa de ter nascido "naquelas terras esquecidas por Deus".  De fato, FitzRoy capturou quatro dos nativos para treinar e viver como os ingleses.  Mais tarde, ele os devolveu a região de origem para que ajudassem e treinasse outros nativos a conhecer o cristianismo, visto sua língua ser conhecida apenas por eles.

A sua segunda viagem foi mais complicada, já que o seu financiador perdera interesse em suas viagens, uma vez que já havia apoiado os grandes navios para a grerra das Ilhas Malvinas.  Porém, na Inglaterra ele conseguiu o apoio do rei Guilherme IV, que demonstrou interesse em conhecer a terra do Fogo e também os nativos, conforme descrito por Robert.  O apoio recebido foi tão grande que o HMS Beagles tornou-se o navio mais equipado e exato na época.  Era possivel para FitzRoy demonstrar esse conhecimento devido ao seu interesse pela meteorologia, ciência pouco conhecida na época, mas possível para ele estudar, já que vinha de uma família rica.

Essa segunda jornada contava com figuras ilustres: tenente Wickham (que comandou a terceira viagem do HMS Beagles), Charles Darwin, autor do livro "A Origem das Espécies" e o pintor Augustus Earle.

Essa viagem não saiu conforme planejado, pois foi traído e roubado por um dos nativos que ele ajudara.  Os outros nativos fugiram ou não aceitaram sua proposta.  E suas idéias eram sempre conflitantes com as de Darwin, o que sempre gerava discursões, embora tivessem se tornado amigos.

Apesar de todo o talento que tinha, não foi convidado para a terceira viagem do navio.  Ele mais tarde casou, foi morar em Londres e se dedicou a política e ao estudo da previsão do tempo.  Sentindo-se frustrado e sofrendo de transtorno bipolar, Robert FitzRoy suicidou-se em 30 de abril de 1865.

Hoje, uma das montanhas situada na Patagônia Argentina, na cidade de El Chatén, recebe o seu nome: Cerro Fitz Roy.  No meio da Cordilheira dos Andes, ela se destaca pela sua cor avermelhada quando o sol reflete sobre ela.

Na próxima postagem, dicas para quem vai a El Calafate e El Chatén.  Segue agora mais algumas fotos.


Fitz Roy ao fundo

Um foco mais próximo


Placa num mirador para o Fitz Roy

Coloração Diferenciada

Me sinto felizardo

domingo, 5 de dezembro de 2010

Francisco P(erito)ascasio Moreno

Francisco Pascasio Moreno

Nascido em 31 de maio de 1852 em Buenos Aires, Francisco Pascasio Moreno foi um cientista, naturalista e um grande explorador argentino.  Desde criança demonstrava interesse por viagens paleontólogas.  Em 1872 colaborou com a fundação da Sociedade Científica Argentina.

Nos anos de 1870, ele percorreu a região da Patagônia, especificamente o territorio de Río Negro, onde em 1875 foi ao Lago Nahuel Huapi.  Na região de Santa Cruz, deu nome ao lago de Lago Argentino.  Essa viagem de Francisco Moreno foi importante, pois ele chegou a regiões antes inexploradas.  Nesse mesmo ano, ele cruzou os Andes chegando ao território chileno.

Em janeiro de 1876, foi o primeiro homem branco a chegar ao lago Nahuel Huapi desde o extremo sul do continente pelo Oceano Atlântico.

Nessas suas travessias pela Patagônia, Moreno encontrou diversas etnias indígenas e ficou impressionado com o drama vivido por eles, pois executavam um trabalho escravo.  Ele lutou para conseguir condições dignas e exigiu terras e escolas para eles.  Passou a humanizá-los e todo esse seu interesse pelas origens indígenas no sul do continente despertou também o interesse de outros cientistas, sendo alguns da europa.

Em 15 de fevereiro de 1877, na região do lago Argentino, onde hoje se encontra a cidade de El Calafate, Francisco fez a descoberta de um gigantesco e imponente glaciar, hoje conhecido como Perito Moreno, um dos mais famosos do mundo.

Nesse mesmo ano foi nomeado Diretor do Museu Arqueológico e Antropológico de Buenos Aires, que mais tarde foi transferido para a província de La Plata, onde foi nomeado também Diretor Vitalício.

Em 1879 foi nomeado também Doutor Honoris pela Universidade de Córdoba.  Muitos de suas descobertas e de seus pertences, foi doado para o museu, agora chamado de Museu de História Natural de La Plata, onde se encontra nada menos que 15.000 peças ósseas e objetos industriais pertencentes a Francisco Moreno.

O termo "PERITO" foi dado a Moreno quando em 1878 ele foi chamado e aceitou o convite para ser Perito Argentino e intervir em questões de demarcação da fronteira entre Argentina e Chile, que reclamou a perda de 42.000 quilometros quadrados, porém confirmado depois pela Inglaterra, da Rainha Vitória, que também havia sido chamada para amenizar tal conflito.

Em 1910 ele foi eleito Deputado, mas renunciou para ser vice-presidente do Conselho Nacional de Educação.  Sua última viagem pela patagônia foi em 1912 com o ex-presidente dos Estados Unidos Roosevelt.

Nos últimos anos de vida, fundou a Liga Patriotica Argentina.  Faleceu em 22 de novembro de 1919 e enterrado no cemitério de La Recoleta.  Em 1944, seus restos mortais foram transferidos para a Ilha Centinela, no lago Nahuel Huapi, junto com sua esposa.  Por uma disposição da Prefeitura Naval Argentina, cada embarcação que passa frente a ilha deve soar três vezes a sirene para render-lhe homenagens.

Hoje, em sua homenagem, além do Glaciar, que leva o seu nome, há também uma localidade conhecida como Perito Moreno e também o Parque Nacional Perito Moreno.

Estou feliz em poder escrever em meu blog um pouco da vida desse homem muito importante e reconhecido na Argentina.  É muito fácil encontrar bustos de Perito Moreno pelas cidades e nas praças públicas da Patagônia Argentina.  Na próxima postagem falarei também de Fitz Roy.

O imponente Perito Moreno

Uma foto com Perito Moreno

O Glaciar Perito Moreno, em El Calafate

O Glaciar Perito Moreno em detalhes