Paises

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Puerto Natales: de Cueva del Milodon a Torres del Paine

Hostel Yaganhouse

Saí de El Calafate em direção à Puerto Natales, no Chile.  Dessa vez fui de ônibus numa viagem de 5 horas.  O tempo na aduana nos dois países já conta no total, porém o tempo de espera para entrar no Chile é bem maior.  Todas as bagagens do ônibus são revistadas, incluindo a bagagem de mão.  Depois de apresentar o passaporte, você ainda recebe orientações da vigilância sanitária local.  Uma dica: todo o seu consumo durante a viagem deve ser guardado numa lixeira e descartado em seu devido local assim que possível.  A aduana chilena não deixa passar nada.  Eles são muito rigorosos quanto a saúde pública.
Seguindo viagem, logo na entrada da cidade você encontra o monumento do “Milodon”, que explico mais abaixo.  Não existe uma rodoviária na cidade.  O ônibus pára numa das ruas onde há o desembarque.  Muitas pessoas te abordam oferecendo um hostel.  Como eu já tinha feito minha reserva, segui em direção ao Yaganhouse, um ecohostel muito interessante.  Também pessoas de vários países passam por lá.  Gostei muito.  O café da manhã e bem sortido.  Valeu muito a pena e recomendo.  Parabéns a Lavínia, dona do hostel, pela organização.
Ali mesmo já fiz todos os acertos para o passeio principal: Torres del Paine.  Lá também você pode acertar tudo na hora da saída.
Nos restaurantes existem lugares reservados para fumantes.  Então não vá fumar em qualquer lugar (o melhor mesmo é não fumar)!!!  Também é mais comum o arroz no Chile.
O passeio pela cidade é bonito.  A cidade é muito limpa e a parte mais afastada do litoral é mais bonita.  Embora a cidade esteja passando por algumas obras, ainda é possível ver esses pontos turísticos, embora não possa entrar.
Em Puerto Natales

Mantendo a cidade limpa

 A igreja na cidade é muito agradável. Tinha uma orquestra por ocasião da visita. Os restaurantes também.  A comida em alguns deles é excelente.  Recomendo o “Mesita Grande”. O próprio nome já traduz como ele é: um restaurante onde a massa é feita num balcão em frente ao cliente e que tem uma unica mesa, porém comprida acomodando bem todos que ali estão.  Há também o restaurante “Angélica”, com uma comida muito boa e com garçons que são bons recepcionistas.  E não é caro.
Há na cidade uma área reservada para artesanato chamado “Pueblo Artesanal Etherh Eike”, nome dos índios nativos.  Não deixe de visitar também a Praça das Armas e o Museu Histórico.
Centro de Artesanato

Não deixem de comprar as “lembrancinhas” na loja “Nandu” que fica bem próxima a Praça das Armas.  Há muita coisa para levar e o preço é bom.
O passeio principal da cidade chama “Full Day”, um dia inteiro para conhecer Torres del Paine.  O ônibus pega você no hotel.  A primeira parada é na “Cueva del Milodon”, uma criatura pré-histórica que vivia na região, mas que desapareceu na Era do Gelo e descoberta séculos depois.  A caverna é grande e logo na entrada tem uma reprodução do animal onde todos querem tirar uma foto.  Há também muitas informações ao longo do percurso que foram passadas pela guia Pilar, uma conhecedora da região.  A entrada no parque é paga.
História do Milodon

Entrada da Cueva

Apresentando la Cueva del Milodon

Com Milodon

Dali segui rumo a Torres del Paine.  Durante o passeio você vê algumas espécies de animais como a ema e o guanaco, um parente distante da lhama.  Há muitos na estrada.  É necessário que o motorista tome cuidado para não atropelar alguns deles.
As Torres ficam num parque cuja entrada também é paga. Algumas recomendações são dadas logo no início por guardas florestais.  No passeio, com muito vento e frio, alguns lugares são marcantes, como uma queda d’água conhecida como Salto Grande.

Entrada do Parque

Lago Pehoé

Salto Grande


Desembocando na "Praia"

Ventos de Torres del Paine

A chegada a Torres del Paine é muito bonita.  Vale cada foto tirada ali.  Uma curiosidade: embora esteja junto à Cordilheira dos Andes, Torres del Paine não faz parte dessa cadeia de montanhas. O nome Paine vem de um dialeto indígena tehuelche que quer dizer “azul”, fazendo referência às lagoas, rios, cachoeiras, geleiras e icebergs flutuantes no Parque Nacional Torres del Paine, que foi declarado Reserva Mundial da Biosfera em 1978, embora já exista desde 1959.
Torres del Paine

Na volta, o grupo ainda seguiu para a Praia do Glaciar Grey, uma geleira que desemboca ali, a terceira maior do mundo depois da Antártida e Groelândia.  Você pode chegar bem próximo a uma das pedras de gelo que se soltaram dela.

Há também um passeio pelo Lago Pehoé, porém uma observação: só faça esse passeio se você for passar pelo menos uma noite próximo ao Glaciar Grey.  Caso contrário, será uma despesa desnecessária, pois esse passeio sai uma vez por dia num trajeto de meia hora, retornando de imediato.  Ou seja, não há tempo para nenhum breve passeio.  E a passagem é cara.
Guanacos

Guia Pilar e seu Fiel Escudeiro

Para finalizar, não deixe de tirar fotos da entrada da cidade. Você verá uns dedos saindo da terra. Umas fotos ali ficam bem legais.
Próxima parada: Punta Arenas.

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