De Lima, segui viagem para Paracas, também litoral do Peru. Numa viagem de 5 horas cheguei em sua pequena rodoviária. Paracas é uma pequena cidade com alguns hostels para mochileiros e viajantes.
A cultura Paracas (400-100 a.C.) surgiu na costa sul de Peru, em assentamentos como Cerro Colorado ou Areias Brancas. Embora fossem populações de caçadores e pescadores, deram origem à Civilização de Nazca, famosas pelas linhas desenhadas que podem ser apreciadas do alto. Atingiu um importante desenvolvimento na arte têxtil. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_paracas)
A noite não há muito o que se fazer, maz durante o dia, muitos lugares para se conhecer. Depois de me hospedar rápido, pois tinha que fazer um tour pelas as Ilhas Ballestas e o ônibus chegou quase no horário da saída da lancha de turistas. Foi só o tempo de deixar a mala no hotel.
Esses passeios podem ser contratados pela internet, em sites de passeios turísticos, ou no próprio hotel. O passeio começa por se afastar da costa, onde você vê toda a cidade. Mais adiante, uma ilha onde há um desenho encravado na areia: um gigantesco Candelabro. A lancha faz uma parada para tirarmos fotos.
O deque em Paracas
A lancha com os turistas
O Candelabro
Outra foto do grande Candelabro
O Candelabro de Paracas é um geoglifo famoso da costa norte da Península
de Paracas, na Província de Pisco, dentro do Departamento de Ica. Suas grandes
dimensões e seu desenho sobre a areia permitem diferenciar sua relação com as
linhas de Nasca. O Candelabro mede 180 metro de largura e calcula-se ter uns
2500 anos. Seu significado segue sendo um mistério.
Em uma suave colina, na baía de Pisco, se encontra um mistério de nossa
história, um “Candelabro” imenso desenhado sobre a superficie da areia, sem que
jamais tenha sido apagado.
Nos anos 50, durante 6 meses, Maria Reiche estudou o Candelabro. Ela
mediu suas dimensões e analisou sua localização em relação a constelação Cruz
del Sur. O trabalho em fazer este geoglifo na areia foi muito preciso, considerando-se
que esta é uma zona de muito vento. A direção do Candelabro, junto com o vento
e a agua marinha criou uma grossa camada que o mantém desde sua criação.
Hipóteses interpretativas
Alguns creem que está figura comprova a existencia de algum tesouro
escondido pelos piratas que assolaram as costas americanas em busca de ouro dos
conquistadores europeus.
Antigos peruanos
Outra lenda afirma que os peruanos que iam para o mar, desenharam este
Candelabro com a finalidade de orientar-se durante suas pescas ou conquistas,
uma vez que pode ser visto desde o mar.
San Martín
Ainda uma outra teoría feita
por José de San Martín (1778-1850) interpreta que se trata de um símbolo da
maçonaria. Ainda uma segunda interpretação de que era um sinal para os
navegantes, embora essas teorías não coincide com o suposte tempo da figura, de
2500 anos.
Extraterrestres
Há ainda aqueles que defendem sua criação por alienígenas, uma vez que
seus sinais apontam diretamente para as famosas Linhas de Nazca, que igualmente
pode-se apreciar do ar e que seriam gigantesco porto galático para naves
extraterrestres. (Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Candelabro_de_Paracas
(tradução livre para o português)
Em seguida rumamos para as Ilhas Ballestas. Apenas animais vivem alí. Trata-se de uma reserva. Posso dizer que o cheiro não é o dos mais agradáveis, mas vale pela volta que o barco dá em torno da ilha, passando por túneis subterraneos.
As ilhas Ballestas é um grupo de ilhas próximas da cidade de Pisco, e são compostas por formações rochosas onde se encontram uma importante fauna marinha com aves como o guanay, o pisquero e o zarcillo principalmente. (Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Islas_Ballestas)
Passeando pelas Ilhas
População
Antiga Ponte
Mais aves
Reserva Nacional
Ao retornar para Paracas, contratei no hotel um passeio pela Reserva Nacional, que na verdade é um grande deserto, mas que faz parte da costa do Peru. Sua geografia foi modificada após o grande terremoto de 2008. Há também um monumento aos navegadores do comandante San Martín. As praias são lindas, com pedrinhas que mais parecem areia num tom avermelhado.
Portal da Reserva
Monumento a San Martín
Depois do terremoto de 2008
Mais uma foto
O deserto
O mar
A areia (pedrinhas) vermelhas
Porto para o Pacífico
Portal da cidade de Paracas
No dia seguinte contratei um motorista particular (é possível fazer essas contratações no hotel ou na rodoviária) para me levar à Huacachina (um oásis no meio do deserto) e a Ica. Não preciso dizer que esse oásis é de fato uma jóia no meio do deserto. Há ali hostals para hospedagem no próprio local e pode-se fazer um passeio de bugre pelas altas colinas de areia.
Em Ica, uma cidade maior de Paracas tem um centro como qualquer outra cidade. Mas o mais interessante foi a visita a uma piscaria (pisco é uma bebida nacional e equivale a nossa cachaça) onde aprendi como se faz a bebida de forma artesanal. Claro que comprei algumas, incluindo um licor de pisco.
Na cidade, o que mais me surpreendeu foi a mobilização para arrecadar fundos para a reconstrução de uma catedral destruída pelo terremoto de 2008. O mais interessante é que toda a catedral veio a baixo, exceto sua nave central. Ainda é possível ver muitos sinais de destruição de 2008. Na volta para Paracas, fui surpreendido com um maravilhoso pôr-do-sol na estrada.
Huacachina
Outro ponto
Aproveitando o Oásis
Hostel em Huacachina
Ponto Turístico
Fabricação de forma artesanal
Conhecendo a estrutura
Pronto para degustação
Centro de Ica
Nave da Catedral destruída em 2008
Nos portões da Catedral
Pôr-do-sol em Ica-Paracas
Confesso que me surpreendi muito pelo passeio nessas duas cidades e recomendo visita-las quando forem ao Peru. Não haverá arrependimento. Próxima visita: Líneas de Nazca.
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