Deixando o Vale dos Reis,
seguimos para o Templo de Hatshepsut, construído em homenagem a Amon-Rá, deus
do Sol. É considerado um dos incomparáveis monumentos do Antigo Egito. É
considerado o monumento egípcio mais próximo da arquitetura clássica.
Hatshepsut (que significa “a mais
importante das nobres damas) foi a segunda faraó feminina do Egito. Filha do rei
Tutemés I, casou-se com seu meio-irmão, Tutemés II conforme era o costume na
época. Com a morte de seu marido, seu filho deveria assumir o trono, porém este
ainda era uma criança. Por isso, ela assumiu o trono como Regente e mais tarde
decidiu assumir como Faraó e governar em seu direito. E mesmo com os sacerdotes
contra, logo aceitaram. Em seu governo, ela promoveu uma política de expansão e
comércio, aumentando a riqueza e prestígio do Egito.
Conta-se que sempre foi
apaixonada pelo grande escultor e arquiteto Senmut, sendo sua amante desde os
tempos de casada, e este tornou-se seu homem de maior confiança, ajudando-a a
governar como uma verdadeira faraó. Após sua morte, houve uma tentativa de
apagar sua história destruindo suas imagens e seus registros.
O templo impressiona pelo
tamanho. Nosso guia Mohamed Lua nos apresentou o que seriam tocos petrificados
de árvores logo na entrada. Depois de fazer uma bela apresentação do local, nos
deixou para explorar. Realmente um local imenso e muito visitado.
Algo inusitado aconteceu: na área
ao lado do Templo há muitas colunas. Fui fazer uma foto e sem ter qualquer
noção de espaço, bati com meu cotovelo com toda a força em uma das colunas.
Luxou e inchou um pouco na hora. Como a dor me incomodava muito, um senhor de
um grupo de japoneses chegou perto e sem falar nada, aplicou uma pomada em gel
no local. Confesso que ajudou e me surpreendeu essa atitude. Portanto, uma recomendação
para sempre tratarmos bem outros grupos, pois uma ajuda inesperada surge de
onde menos esperamos. Conexões internacionais...
Colossos de Mêmnon são duas
estátuas gigantescas do faraó Amenófis III, situadas na necrópole da antiga
cidade de Tebas. Estas duas estátuas eram entendidas como guardiãs do templo
funerário do faraó, que tinha cerca de 385.000 metros. As estátuas representam
Amenófis sentado no trono com as mãos pousadas sobre os joelhos. Em cada lado
das suas pernas está a sua mãe, Mutemuia, e a sua esposa principal, a rainha
Tié. As estátuas foram feitas em quartzito, possuindo cerca de dezoito metros,
com um peso de 1300 toneladas.
Uma curiosidade foi que um sismo ocorrido em 27 a.C., abriu uma fenda no colosso norte. A partir de então todas as manhãs ocorria no local um fenómeno estranho segundo o qual a estátua "cantaria". O que realmente acontecia era que a acumulação de humidade durante a noite evaporava com o surgimento dos primeiros raios do sol, emitindo um som, que se assemelhava ao de uma cítara. No começo da era cristã os gregos visitaram o local e associaram a estátua norte ao herói Mêmnon, filho de Eos. De acordo com a lenda homérica, este herói, morto na guerra de Troia, recebeu a imortalidade de Zeus, dedicando-se a chamar pela sua mãe todas as manhãs. Em 199