Nossa próxima parada foi Edfu.
Precisávamos acordar cedo e tomar nosso café, pois teríamos uma surpresa ao
sair do navio.
Para chegar ao Templo de Edfu,
não iríamos andando, mas de charrete. Aliás, foi minha primeira vez. Precisei
ir ao Egito para viver essa experiência. E confesso que ver os cavalos sendo
chicoteados não foi das melhores, mas espero que um dia possam melhorar isso.
A cidade de Edfu também é
conhecida pelo nome de Behedet e ficava longe o suficiente para evitar as
inundações do Rio Nilo, porém perto o bastante para não ficar isolada no
deserto.
O Templo de Edfu é o maior
dedicado à Hórus, o deus dos céus e dos vivos. Ali eram realizados vários
festivais sagrados e o templo era marcado pela peregrinação. O templo começou a
ser construído em 237 a.C. e terminou no ano 57 a.C. Era inicialmente um salão
de pilares, dois salões transversais e um santuário cercado por capelas.
Está praticamente intacto e por
isso, tornou-se o centro turístico e parada obrigatória dos barcos que cruzam o
Nilo.
Apesar do calor, foi uma visita
muito interessante, principalmente ao ver Hórus na entrada do templo,
praticamente intocado. As gravuras do templo também têm um grande índice de
preservação, embora algumas estejam danificadas pelos cristãos que, ao chegarem
ali, consideraram algo profano a Deus. É possível ver como tentaram apagar as imagens egípcias martelando sobre elas. Essas partes ficam descaracterizadas, mas é possível ver o contorno original delas. Mas tudo foi muito bem explicado pelo
nosso guia Mohamed.
O acesso ao templo foi renovado
em 2005, quando ganhou um centro de visitantes e um estacionamento pavimentado.
Ganhou também um sistema de iluminação em 2006 para permitir visitas noturnas.
No término do passeio, paramos
para comprar água e café em um restaurante no local. Após isso voltamos para a
charrete que nos levou ao navio. A propósito, é recomendado uma “gorjeta” aos
condutores. Mas esteja atento, pois eles sempre irão pedir mais.